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domingo, 7 de novembro de 2010

De Nada Vai Adiantar

Me sinto travado, cheio de textos não escritos, idéias não expressadas...
Um turbilhão de conversas e vontades me confunde a cabeça, todas querendo ganhar o mundo, nascer –talvez precocemente – nesse mundo cruel que as ignora. Queria falar de liberdade, de modo de vida, de jeitos de pensar, de amores e de sentimentos menos imbecis que esse, mas as palavras travam em algum ponto escuro entre o cérebro e os dedos.
Ando tendo uma experiência que sempre desejei, de palavras fortes em frases incompletas, são conversas intrigantes que deixam sempre um enigma em minha cabeça.Encontrei uma pessoa que me desassosegou intelectualmente e há tanto tempo nao sentia necessidade de manter relação de convivencia com um ser humano.
Tenho buscado mais que nunca meu equilíbrio e extradição desse mundo binário de bem e mal, buscando uma razão maior e mais limpa.
Não deixo de ler e escutar Nenê Altro e Dance Of Days nesses últimos tempos de turbilhões emocionais, queria até culpar esse cara que sabe me jogar para o mundo depressivo, mas mesmo lá a culpa é minha e só minha por não me deprimir como devia. De onde vem tanta força? Pra que força para não se entristecer quando o coração pede tanto? Devo ser mesmo um sonhador utópico, cheio de aspirações e vivendo num mundinho fechado, um mundo de fadas e bruxas que me atormentam o pensamento lúcido.
Meditei por menos de um minuto na areia da praia, sentei e senti o calor subir da areia das dunas para o meu corpo enquanto o Sol queimava meu rosto. É tanta energia contida e inúmeras revoluções perdidas que já nem sei pra que pensar. Bom mesmo seria colocar tudo em métricas perfeitas para pessoas da academia que discutissem tudo na mesa do auditório, para me sentir útil nesse mundo ficcional das palavras bonitas.
Que se foda tudo isso, em meio a tantas decepções que me constroem e alegrias que me mantém em pé esse equilíbrio que se chama felicidade é algo que tenho chegado bem perto. Me sinto leve enquanto sombrio e complexo demais e sempre que busco simplificar me sinto fútil e desnecessário. Espero um dia que minhas idéias voltem para me balizar e finalmente trabalhar por um ideal. Enquanto isso continuo nessa solidão que me alivia, sendo um Ícaro por dia.

Sinceramente,
Confuso.

Um comentário:

Victor Albaini disse...

Receita aconselhável para a confusão: palavra + ação + pensamento em comunhão.

Se as palavras não condisserem com a ação; se as ações não condisserem com o pensamento e as palavras; enfim, se não houver este equilíbrio, não há sossego.

Difícil é conter tudo isso na palma da mão em cada fração de segundo, pois nós não somos nada além de projeções de nós mesmos, na maior parte do tempo.

É apenas um ideal, mas vale a busca. É partir de si para si, pois pressupõe-se que não haja nada lá fora. Ou não.

Caetaneei.




PS: o comentário excluído era meu. Parecia que a autoria era do Caetano, por isso excluí.